– Senhor presidente, com a sua licença.
– Pois não?
– O emissário estrangeiro já está aí fora.
– Mande-o entrar, porra.
Entra o emissário.
– Muito prazer, senhor presidente.
– Sente-se, fique à vontade, por favor.
– Muito obrigado, senhor presidente. Vossa cordialidade será lembrada.
– É uma honra! Uma honra tê-lo aqui conosco. Estive no aguardo, muito ansiosamente.
– Desculpe-me a demora, senhor, mas aconteceram imprevistos…
– Sem necessidade de desculpas, meu caro emissário! Eu entendo plenamente. As estradas estão mesmo muito complicadas nesta época do ano.
– Não tenho como saber, senhor. Eu viajei de helicóptero.
– O caos aéreo, eu diria, muito pior! Deve ter sido um martírio!
– Já fiz viagens piores, senhor. Não tenho do que reclamar, na verdade.
– Pois bem, pois bem. Estou muito contente que tenha chegado. Muito já foi falado, muito já foi conversado entre nossas nações, mas finalmente temos a oportunidade de falar diretamente, face a face, tete-a-tete, o que é muito melhor. Não acha?