quando nos reunimos para ouvir o bardo

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Bem afortunados aqueles que tiveram a chance de se emocionar, de perder os olhos e os pensamentos nas miragens de jardins distantes, enquanto viam e ouviam um bardo dedilhar na frente deles as suas canções mais memoráveis.

Que as apresentações musicais tenham sempre sido uma forma de espetáculo, isso é óbvio, e que, com o avanço inadiável da indústria cultural e da consequente cooptação de quaisquer ambições ou gozos estéticos à ordem da mercadoria programada para seus espaços específicos, sabemos, ninguém tem quaisquer dúvidas. Mas encontrar, no auge de sua consolidação, um vídeo tão singelo, tão absoluto na maneira com que perpetua o clímax afetivo que somente a escuta musical dentro de um espaço doméstico pode permitir, é, no mínimo do mínimo, inspirador. Radicalmente inspirador.

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