Considere a seguinte situação: durante um sonho, enquanto perambula por uma paisagem insólita e onírica, você se depara com uma criatura, uma entidade mágica ou sobrenatural. Esta criatura, um gnomo, um gênio, um daemon, lhe diz coisas que ressoam profundamente em sua consciência. Ao acordar, você decide encarar este diálogo como um tipo de orientação para o restante da sua vida. Depois, ao repassar a história para um amigo, você ouve que “tudo foi apenas um sonho”, e que “não há meios de saber se o encontro com a tal entidade foi real ou não”.
Em quais outras circunstâncias um encontro improvável como este poderia vir a ser? Durante um ritual mágico ou, mais provavelmente, durante uma experiência com substâncias alucinógenas, é claro. Então consideremos que, em vez de um sonho, na verdade o encontro com a entidade extraplanar aconteceu enquanto você desfrutava intensamente dos efeitos lisérgicos de uma dose cavalar de LSD, ou DMT, ou psilocibina – ou qualquer coisa do tipo. Mantenhamos os elementos da situação anterior: o encontro fez desencadear um diálogo, e a mensagem da entidade sobrenatural (digamos, uma serpente cósmica, um bicho mitológico, ou um espírito de luz) se harmonizou com algumas verdades pessoais e aspectos de sua personalidade que pareciam ocultos para você mesmo.
A primeira pergunta é: como fazer para saber se este encontro foi real ou não?
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