o bom samaritano

Toda vez que vou à Avenida Paulista, me filio a uma ONG diferente.

Nesta última semana, por ocasião de uma visita que fiz a uma loja de artigos religiosos católicos, fui abordado pela patrulha de uma organização ambiental.

Os métodos são absolutamente os mesmos para todos os grupos, não interessa a causa. Eles recrutam jovens que fariam qualquer coisa por uma pequena remuneração, e ensinam a eles técnicas que supõem funcionar. Assim esperam atrair novos contribuintes.

Interpelar pessoas apressadas que andam pela capital não me parece o mais gratificante dos serviços a serem prestados. A coisa começa sempre com uma piada, com alguma observação sobre o modo com que me visto ou ando, o mesmo veredicto sobre o meu chapéu, e que todos julgam estiloso, ou então perguntas inapropriadas sobre como eu faço pra deixar minha barba tão vistosa.

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